Em um discurso que misturou precisão cirúrgica, ironia calculada e defesa intransigente da liturgia do cargo, o vereador Braulio Moraes subiu à tribuna da Câmara Municipal de São José de Ribamar para muito além de um simples pronunciamento: fez uma declaração de princípios. E deixou claro que seu mandato tem lado, o do povo, da responsabilidade e da política com P maiúsculo.
Logo de início, Braulio rompeu a superficialidade comum nas sessões legislativas e fez questão de reconhecer o trabalho sério das vereadoras Laís Alencar e Alana Cardoso, que conduzem a Procuradoria da Mulher com competência silenciosa, mas transformadora. Para ele, as duas vereadoras representam o que há de mais respeitável na política local: ações concretas em vez de vaidade digital.
“Enquanto alguns se especializam em lacração vazia e querem viralizar no Instagram, as vereadoras têm feito o que realmente importa: trabalhar longe dos holofotes, perto das demandas reais”, pontuou, em referência indireta, mas certeira, a parlamentares que tentam substituir resultado por performance.
Com ironia afiada, Bráulio Moraes também mirou um novo tipo de figura que ronda a política local: o “professor de moral improvisada”, aquele que nunca construiu nada, mas se acha credenciado a dar lição.
“Tem gente que passa quatro anos calado, e de repente vira doutor em ética pública. Atacar virou atalho para se manter relevante.”
O ponto alto do discurso, no entanto, veio quando Braulio decidiu responder, com a sobriedade de quem não se rende ao palco da histeria, às declarações do vereador "João Carlos", que, segundo relatos da última sessão,teria trocado o debate institucional por ataques pessoais.
“Não falo por vaidade. Falo por dever. O respeito ao Regimento Interno é a base do jogo democrático. Defendi o direito de um colega apresentar um requerimento, nada mais. Mas parece que, para alguns, o problema não é o que se faz, e sim quem faz.”
Com uma clareza desconcertante, Braulio expôs o modus operandi de quem troca o conteúdo pela encenação:
“Quem não tem argumento, apela. Quem não tem preparo, tenta desqualificar. Quando falta trabalho, sobra barulho.”
O vereador também fez questão de revisitar sua origem política, não como nostalgia, mas como reafirmação de identidade:
“Fui eleito com o suor do asfalto quente, da conversa olho no olho. Não herdei mandato, não me escorei em conchavos, e muito menos troco convicções por conveniências de ocasião.”
Na reta final, o tom foi de recado claro, direto e sem curva:
“Essa cidade está cansada de discursos inflamados e coerências sob demanda. Eu permaneço aqui não por gritaria, mas pelo trabalho. Não me firmo atacando, me firmo entregando.”
A fala repercutiu fortemente entre os presentes e nas redes sociais, sendo vista como uma resposta cirúrgica, elegante e devastadora a quem tenta transformar a política local em circo pessoal.
Braulio Moraes mostrou, mais uma vez, que enquanto alguns se ocupam em gritar, ele segue ocupado em fazer. E nesse novo ciclo da política ribamarense, quem trabalha de verdade, fala menos, mas quando fala, cala muita gente.
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